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- Crédito Habitação recusado: o que fazer?
- Publicado em: 25/11/2022
- Atualizado em: 19/06/2024
- Redator: Francisca Silva
- Revisor: Pedro Leite
- Atualizado por: Raquel Esteves
Dicas para o seu crédito à habitação não ser recusado
Adquirir habitação própria é um sonho partilhado por muitas famílias, no entanto, os elevados custos associados a este empréstimo, levam a que muitas pessoas acabem por recorrer à ajuda do crédito à habitação, para fazer face a este investimento.
Por vezes, o pedido de crédito à habitação é recusado mas, para o ajudar a prevenir essa recusa, apresentamos-lhe já alguns dos principais fatores que deve ter em conta.
6 motivos de recusa do crédito habitação
Conheça as razões pelas quais o seu pedido de crédito habitação poderá ser recusado:
1 - Apresenta uma taxa de esforço elevada
A taxa de esforço (TE) é um dos principais fatores analisado no âmbito de um pedido de crédito.
Esta variável mede a capacidade de uma pessoa pagar todos os seus empréstimos sem pôr em causa a estabilidade das suas finanças.
Segundo o Banco de Portugal uma taxa de esforço saudável não deverá ultrapassar os 30%. No entanto, esta percentagem poderá variar de acordo com o perfil financeiro de cada um.
Conhecer a sua taxa de esforço, antes de avançar com o seu pedido de crédito habitação é fundamental. Pois, se esta apresentar um valor muito elevado, poderá levar a uma recusa de crédito à habitação.
2 - LTV elevada
O Loan-to-Value (LTV) é uma medida utilizada pelas entidades financeiras que determina o montante de um empréstimo a conceder por um banco a um cliente de crédito habitação.
Trata-se de um rácio entre: o valor financiado/ garantia (valor do imóvel)
Como calcular o LTV?
Existem duas formas para determinar o valor do imóvel, importantes para o cálculo do LTV:
- Valor de compra.
- Valor da avaliação.
O LTV resulta assim da divisão do valor do empréstimo pelo valor da garantia, sendo necessário que o seu resultado esteja abaixo do LTV máximo definido pelo Banco.
Por exemplo:
- Para adquirir um imóvel cuja avaliação seja de 100 mil euros, se o banco estiver disposto a conceder um financiamento máximo de 80%, então o valor do crédito habitação será de 80 mil euros. Neste cenário precisará de dar uma entrada do imóvel de 20 mil euros, que representa 20% do valor do imóvel.
Habitualmente, os bancos concedem empréstimos até um LTV máximo de 80% ou 90%.
3 - Idade
Apesar de não ser o maior motivo de recusa, num pedido de crédito habitação, a data de nascimento poderá ser um entrave na aprovação do crédito. Por norma a idade mínima para pedir um crédito habitação é 18 anos e o limite máximo são os 75 anos.
Tabela de idades aprovação crédito habitação:
Aprovação Crédito Habitação | Prazo Máximo para pagar o Crédito Habitação |
---|---|
Idades entre: | |
> 18 anos < 30 anos | 40 anos |
≥ 30 anos < 35 anos | 37 anos |
> 35 anos* | 35 anos |
Ou seja, se pedir um crédito habitação aos 45 anos, o prazo máximo para pagar o seu empréstimo não pode ultrapassar os 30 anos. É comum também que muitas entidades financeiras tenham preferência por fazer empréstimos a pessoas com faixas etárias compreendidas entre os 30 e 40 anos, assumindo que, nestas idades, já exista uma maior maturidade financeira para cumprir o serviço da dívida.
4 - Situação profissional instável
Ter segurança profissional quando for pedir um crédito habitação é um fator muito importante que será sempre contabilizado pelo banco ou financeira onde fizer o seu pedido de crédito habitação.
- Muitos trabalhadores independentes, que prestem serviços em projetos com recompensas monetárias incertas vão acabar por encontrar mais dificuldades em ver um pedido de crédito habitação ser aprovado. Quanto aos trabalhadores por contra de outrem que tenham os seus rendimentos declarados em IRS, terão, à partida, uma maior facilidade em ver o seu pedido aprovado, desde que estejam efetivos e com vínculo laboral há algum tempo.
5 - Ser o único titular no processo
Pedir um crédito habitação sozinho pode levar a uma recusa imediata por parte dos bancos ou financeiras onde fizer o seu pedido.
A instabilidade dos dias de hoje, os ordenados baixos e ter apenas uma fonte de rendimento são alguns dos motivos que poderão justificar esta situação.
Se estiver prestes a pedir o seu crédito habitação, é aconselhável que, antes de seguir em frente, procure analisar a possibilidade de adicionar um fiador ao seu pedido. Deste modo, conseguirá obter mais garantias sobre o pagamento do pedido de empréstimo, possibilitando assim uma maior probabilidade do seu pedido ser aceite.
6 - Ter o nome na "lista negra" do Banco de Portugal
Este é outro fator de recusa imediata do pedido de crédito habitação, ou qualquer outro tipo de empréstimo.
Estar em incumprimento bancário ou estar com o nome na “lista negra” significa que um cliente, que tem vários empréstimos a decorrer, não efetuou o pagamento das suas mensalidades atempadamente.
Se o valor que tiver em incumprimento não for muito elevado deverá pagá-lo antes de seguir com o seu pedido de crédito habitação.
Uma solução que o poderá ajudar a prevenir uma situação de incumprimento bancário, baixar a sua taxa de esforço e melhorar o seu perfil financeiro, se estiver a pagar vários empréstimos, passa por pedir um crédito consolidado.
Saiba com a Beatriz e o Carlos (personagens fictícias) reorganizaram as suas finanças e conseguiram a aprovação do crédito habitação com a ajuda do crédito consolidado.
Exemplo da Beatriz e do Carlos, que conseguiram aprovar o seu crédito habitação ao consolidar os seus créditos
A Beatriz e o Carlos estavam a pagar 5 créditos em bancos e datas diferentes e uma renda de habitação T1:
- 1 Crédito Automóvel Credidom: 410€/mês.
- 1 Crédito Pessoal Cetelem: 147€/mês.
- 1 Cartão Credito WIzink: 115/mês.
- 1 Cartão de Crédito Oney: 55€/mês.
- 1 Cartão de Crédito Universo: 39,25€/mês.
Ao todo, pela soma das 5 prestações, o casal acumulava um total de dívidas mensais no valor de 766,25€.
1 Crédito Automóvel Credibom (410€) + 1 Crédito Pessoal Cetelem(147€) + 1 Cartao Credito Wizink (115€) + 1 Cartão de Crédito Oney (55€) + 1 Cartão de Crédito Universo (39,25€) = 766,25€
A dada altura, eles descobriram que iam ser pais e ponderaram arrendar um apartamento com dois quartos. No entanto, o aumento considerável do custo de vida, derivado da subida das taxas de juro e da inflação levaram a que a Beatriz e o Carlos se deparassem com rendas de casa mais elevadas do aquilo que podiam realmente pagar. Perante esta situação, o casal foi a um banco pedir uma análise de crédito habitação com um empréstimo no valor de 130000€/mês.
Após uma análise cuidada, o Banco concluiu que o pedido de crédito do casal, se seguisse para a frente, acabaria por ser recusado devido a dois fatores:
- Elevada taxa de esforço: a taxa de esforço da Beatriz do Carlos encontrava-se acima dos 51%.
- Liquidez insuficiente para cobrir a LTV: o casal não tinha o valor para dar entrada da casa, 13.000€ o que já por si inviabilizava o processo.
Estes dois fatores, aliados ao número de créditos que o casal tinha a decorrer, levavam à conclusão de que o pedido da Beatriz e Carlos para financiarem um crédito habitação não seria aceite.
Descontentes com a resposta do banco ao seu pedido, a Beatriz e o Carlos queriam a todo o custo encontrar uma solução que os ajudasse. Foi quando descobriram a e-loan e a consolidação de créditos.
Exemplo: pedido de Consolidação de Créditos da Beatriz e do Carlos
Antes do Crédito Consolidado:
1 Crédito Automóvel Credibom (410€) + 1 Crédito Pessoal Cetelem (147€) + 1 Cartão Credito Wizink (115€) + 1 Cartão de Crédito Oney (55€) + 1 Cartão de Crédito Universo (39,25€) = 766,25€/mês
Após o Crédito Consolidado:
1 Crédito Consolidado e-loan + liquidez extra = 501€/mês
Com a consolidação de créditos o casal ficou a pagar apenas uma mensalidade de crédito, numa só data e num só banco. Além da facilidade de passar a ter apenas uma prestação com um valor mensal mais baixo (265,25€) o casal assegurava assim ao fim de um ano mais (3.183€) economizados.
265,25 x 12 (meses) = 3183€/ano
Com o crédito consolidado, a Beatriz e o Carlos conseguiram ainda reduzir a sua taxa de esforço de 51% para 40%, isto porque ficaram a pagar apenas um crédito de 501€ em vez dos 766,25€.
Com uma taxa de esforço saudável, a liquidez extra para a entrada da casa e uma vida financeira mais organizada, a Beatriz e o Carlos garantiam, deste modo, a aprovação do seu pedido de crédito habitação.
Se estiver prestes a pedir um crédito habitação mas se se enquadrar com alguma das situações acima apresentadas, fale conosco pois teremos todo o gosto em ajudar.
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