- Publicado em: 05/09/2024
- Atualizado em: 05/09/2024
- Redator: Raquel Esteves
- Revisor: Pedro Leite
Redução de retenção na fonte e o pagamento de IRS em 2025
A recente alteração nas tabelas de retenção na fonte prometeu aos portugueses um maior rendimento líquido mensal. No entanto, este “bónus fiscal” pode sair caro a alguns contribuintes que correm o risco de pagar IRS na liquidação de 2025.
Porque é que alguns contribuintes podem ter de pagar IRS em 2025?
A descida nas taxas de retenção na fonte foi projetada para alinhar o valor retido ao longo do ano. No entanto, esta alteração pode reduzir os reembolsos a que muitos contribuintes estavam habituados. Esta mudança significa que, sem despesas dedutíveis suficientes, muitos portugueses poderão enfrentar uma fatura de IRS a pagar no próximo ano – especialmente solteiros e sem dependentes.
A exceção é para quem tem rendimentos mais elevados, nos quais a retenção na fonte em excesso nos primeiros nove meses do ano (face às novas taxas) foi tão elevada, que a redução da retenção do imposto em setembro e outubro não chega para desequilibrar as contas para o lado do Estado. Ou seja, os contribuintes com rendimento mais elevados ainda têm direito a receber na liquidação, apesar de ser menos.
O que pode fazer para evitar surpresas no IRS?
Para evitar pagar um valor de IRS inesperado em 2025 considere as seguintes estratégias:
- Aumente as suas despesas dedutíveis: para reduzir o imposto a pagar, maximize as suas deduções fiscais. Tenha em atenção as despesas de saúde, educação, rendas, lares, e outras que possam ser deduzidas. Guarde sempre as faturas e associe o seu número de contribuinte para garantir que são consideradas no seu IRS.
- Valide as suas faturas no portal e-Fatura: validar todas as suas faturas no portal e-Fatura é essencial. Esta é uma forma de garantir que as suas despesas são corretamente contabilizadas nas deduções do IRS. Lembre-se que até mesmo pequenas despesas podem somar uma diferença significativa no montante a pagar.
- Crie um fundo de emergência para o IRS: se já sabe que a redução das retenções pode significar menos reembolso ou até mesmo uma fatura a pagar, comece a poupar desde já. Defina um montante fixo a poupar mensalmente, utilizando uma conta poupança específica para este propósito.
O ideal é destinar uma parte do “bónus fiscal” que está a receber agora – ao poupar entre 5% a 10% do seu rendimento mensal adicional resultante da redução das taxas, garante que tem o montante necessário para pagar qualquer ajuste no IRS.
- Automatize a sua poupança: utilize serviços bancários que permitam automatizar transferências para uma conta-poupança sempre que receber o salário. Ao definir estas transferências automáticas, a poupança será feita sem esforço e estará menos tentado a gastar o dinheiro extra recebido com a descida das retenções na fonte. Isto ajuda a manter o foco no objetivo de estar preparado para qualquer eventualidade no IRS.
- Ajuste a sua retenção na fonte: embora a nova tabela de retenção tenha sido aplicada, é possível ajustar a sua taxa de retenção na fonte junto da entidade empregadora. Esta ação pode ajudar a assegurar que está a reter o montante adequado para cobrir o imposto devido, evitando surpresas desagradáveis.
- Consulte um contabilista: profissionais especializados podem ajudá-lo a avaliar a sua situação fiscal atual e a criar um plano para minimizar o impacto de quaisquer mudanças nas taxas de retenção. Eles podem também aconselhá-lo sobre estratégias personalizadas para aumentar as suas deduções fiscais.
O poder da poupança inteligente
Preparar-se para um pagamento adicional de IRS vai além de evitar surpresas: é uma questão de boa gestão financeira. Use este período como uma oportunidade para criar hábitos de poupança sustentável. Estabeleça objetivos claros, como atingir um determinado valor de fundo de emergência para o IRS ou poupar para outras despesas futuras. Este planeamento não só o ajudará a enfrentar o próximo acerto fiscal, mas também contribuirá para uma vida financeira mais saudável e equilibrada.
Embora o “bónus fiscal” possa parecer uma vantagem imediata, é fundamental estar ciente dos seus potenciais riscos a longo prazo. Planeie com antecedência, controle as suas despesas dedutíveis e ajuste as suas retenções, se necessário. Preparar-se desde já!
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