- Publicado em: 15/07/2025
- Atualizado em: 15/07/2025
- Redator: Raquel Esteves
- Revisor: Pedro Leite
A relação frágil entre consumo, crédito e sustentabilidade financeira
Nos últimos dias, uma frase do economista João Tovar Jalles tornou-se viral:
“É o pobre de classe média — também conhecido como o coitadinho a crédito. Vive no limiar da tragédia, mas com carro financiado, iPhone de última geração, televisor de 65 polegadas e férias a prestações.”
A frase provoca, sem dúvida. Mas também levanta um tema que não pode ser ignorado: a relação frágil entre o consumo, o crédito e a sustentabilidade financeira.
A verdade é que a vida está difícil para todos. Os salários não acompanham os custos com a habitação, a alimentação tornou-se demasiado cara e os imprevistos chegam sem aviso. E, no meio de tudo isto, existe o desejo de proporcionar conforto, educação e momentos de lazer à família.
As férias, que em tempos eram um dado adquirido, passaram a ser um bem de luxo. Hoje, perdemos a conta às contas que fazemos para esticar o dinheiro até ao final do mês.
Neste contexto, o crédito surge frequentemente como uma solução para manter a qualidade de vida de outros tempos. E, com isto, importa dizer:
O crédito, por si só, não é o problema. O problema está na forma como é utilizado e na informação (ou falta dela) com que é contratado.
Pedir um crédito para financiar umas férias, por exemplo, não é irresponsável. Para muitas famílias, pode ser a única forma de desfrutar de momentos de descanso, essenciais para a saúde mental e equilíbrio familiar, sem comprometer o orçamento do mês.
A questão surge quando estas férias são pagas ao longo de, por exemplo, cinco anos, com juros, transformando um período de descanso num fardo financeiro prolongado.
E acredita-se realmente que, daqui a cinco anos, alguém estará satisfeito por ainda estar a pagar umas férias das quais já mal se recorda? Provavelmente a resposta é não!
O mesmo se aplica à aquisição de um automóvel, de equipamentos tecnológicos ou de mobiliário para a casa: tudo pode ser gerido de forma equilibrada, desde que exista planeamento, informação e uma avaliação realista da capacidade de pagamento.
Trocar de carro ou de telemóvel pode ser, de facto, necessário. Mas é realmente essencial escolher o último modelo ou a marca mais cara? Ou será apenas uma questão de status social?
A resposta a esta pergunta pode significar a diferença entre pagar uma mensalidade de 200€ ou de 500€. Pode ser o que separa um orçamento equilibrado no final do mês de um saldo negativo que se repete, mês após mês.
Mais uma vez, o problema não está no crédito em si, mas na falta de literacia financeira e na ausência de reflexão antes de assumir novos compromissos.
Crédito responsável: uma ferramenta e não um peso
Na e-loan, acreditamos que a literacia financeira é um dos pilares para a utilização responsável do crédito. Ter prestações não é sinónimo de irresponsabilidade, mas é essencial compreender primeiro:
- Qual a sua taxa de esforço antes de assumir novos compromissos?
- O orçamento familiar permite a prestação, com margem para imprevistos?
- Como comparar diferentes opções de financiamento, em vez de aceitar a primeira proposta?
- Como definir prazos de pagamento ajustados ao bem financiado, evitando alongar dívidas por períodos desnecessários?
Quando bem utilizado, o crédito pode ser uma ferramenta para melhorar a qualidade de vida, apoiar projetos pessoais e gerir necessidades sem sacrificar o equilíbrio financeiro. Quando mal compreendido ou mal utilizado, pode transformar-se num peso, que se acumula ao longo do tempo, comprometendo o seu futuro financeiro.
Uma escolha informada, uma missão coletiva
A literacia financeira não significa recusar o crédito. Significa compreender quando é adequado, em que condições e de que forma pode contribuir para os objetivos de cada família, sem se transformar numa ameaça à estabilidade financeira.
No final do dia, todos procuram o mesmo: ter uma boa vida, com pequenos luxos, mesmo em tempos desafiantes.
Na e-loan.pt, acreditamos totalmente que o problema não está no crédito, mas sim na falta de planeamento, de literacia e de transparência com que, muitas vezes, o crédito é contratado.
O que lhe propomos?
- Mais educação financeira acessível;
- Mais clareza nas propostas de crédito e menos letras pequenas.
- Mais autonomia para o consumidor decidir com base em informação e não no impulso.
O crédito responsável é uma ferramenta poderosa. Quando bem usada, melhora a vida. Quando mal compreendida, só o prejudica.
A escolha é nossa. E a missão é coletiva.
E quando os créditos se acumulam? O papel do crédito consolidado
Para muitas famílias, o desafio não está apenas em ter um crédito, mas em ter vários ao mesmo tempo. São as prestações dos cartões de crédito, do automóvel, dos eletrodomésticos ou das férias que se vão acumulando até se tornarem difíceis de gerir, mês após mês.
Nestas situações, o crédito consolidado pode ser uma ferramenta importante para recuperar o equilíbrio financeiro. Ao juntar várias prestações numa única mensalidade, talvez com uma taxa de juro mais baixa e um prazo alargado, torna-se possível simplificar a gestão do orçamento familiar e reduzir a taxa de esforço. Não é uma solução mágica, mas pode ser um passo importante para transformar o crédito num aliado, e não num peso.
A e-loan Soluções Financeiras é um intermediário de crédito vinculado, registado no Banco de Portugal, com o número 0001398.
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