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- Posso usar um crédito pessoal para pagar a entrada de uma casa?
- Publicado em: 08/05/2023
- Atualizado em: 19/05/2025
- Redator: Francisca Silva
- Revisor: Pedro Leite
- Atualizado por: Raquel Esteves
Posso pedir um crédito pessoal para dar entrada de um imóvel?
Comprar casa exige um grande investimento inicial, e muitas vezes, o crédito habitação não cobre tudo. Será que pode recorrer a um crédito pessoal para pagar a entrada de uma casa?
Neste artigo, explicamos o que diz o Banco de Portugal e o que pode fazer em alternativa.
Principais questões sobre o crédito habitação
O crédito habitação é uma das decisões financeiras mais importantes na vida de uma pessoa. Envolve valores elevados, compromissos de longo prazo e várias regras específicas impostas pelos bancos e pelo Banco de Portugal.
Vamos responder às dúvidas mais comuns de quem está a pensar comprar casa, desde a entrada mínima exigida até ao impacto da taxa de esforço na aprovação do empréstimo.
1 - Posso pedir um empréstimo pessoal para cobrir o valor que o banco não financia?
A resposta é: não. Isto porque caso recorra a um crédito pessoal para complementar o crédito habitação, irá ficar a pagar duas prestações de crédito ao mesmo tempo. E, no caso de um crédito pessoal, as taxas de juro são mais elevadas, e o prazo do empréstimo mais curto.
Por isso, ao adicionar uma mensalidade de um crédito pessoal à de um crédito habitação, irá disparar a sua taxa de esforço, que, para ser saudável, não deverá ultrapassar os 30%. Como consequência, poderá estar a pôr em risco as finanças pessoais dos mutuários, o que aumentará significativamente o risco de entrar em incumprimento bancário.
Desde julho de 2018, o Banco de Portugal definiu novas regras para tornar mais segura a concessão de crédito pelos bancos. Uma dessas regras aplica-se ao crédito habitação para compra de casa própria e permanente: o chamado rácio LTV (Loan-to-Value), ou seja, a relação entre o valor do empréstimo e o valor do imóvel.
O que significa isto na prática?
O banco só pode financiar até 90% do valor do imóvel, sendo este valor o mais baixo entre o da avaliação feita pelo banco ou o preço de compra da casa.
2 - É sempre necessário ter uma reserva de 10% do valor do imóvel?
Para grande parte dos casos, será necessária uma poupança superior a 10% do valor do imóvel. Salienta-se, contudo, que:
Não existem garantias que os bancos irão financiar o valor do imóvel a 90%.
Além disso, a compra de um imóvel envolve também outras despesas, como nomeadamente:
- Contratação do Crédito.
- Pagamento de impostos.
- Comissões.
- Encargos: com todo o processo de aquisição.
Deste modo, deverá preparar-se financeiramente para cobrir no mínimo 10 a 20% do valor do imóvel que queira comprar. O ideal é que possua capitais próprios superiores a este valor para cobrir as restantes despesas. Além disso, ao celebrar o Contrato de Promessa Compra e Venda (CPCV), o vendedor do imóvel irá exigir uma entrada de aquisição do imóvel, que geralmente irá variar entre os 10% e 20% deste.
Exemplo da Joana e do António, que recorreram ao crédito habitação para comprar um imóvel
A Joana e o António queriam adquirir uma habitação avaliada em 150.000€. Para obter a aprovação do Banco para o empréstimo, o casal teria que ter na sua posse entre 10% e 20% desse valor. Ou seja, entre 15.000 e 30.000€ euros.
Exceção de entrada no apoio ao crédito habitação para jovens
Este ano foi anunciado um novo apoio ao crédito habitação para jovens entre os 18 e os 35 anos, que permite, em certos casos, o financiamento até 100% do valor de aquisição da casa. Esta medida pretende facilitar o acesso à habitação, dispensando a necessidade de capitais próprios ou de pedir créditos extra.
3 - Porque é que poderá ser perigoso tentar obter crédito pessoal para dar entrada para um imóvel?
Primeiramente, porque tentar contornar as leis e recomendações do Banco de Portugal não será visto com bons olhos, por estar a tentar obter duplos financiamentos. Em segundo lugar, tal como já foi referido anteriormente, terá um impacto significativo na sua taxa de esforço, e inviabilizar o pedido.
Vejamos o seguinte exemplo:
- Se quiser adquirir um imóvel que custa 200.000€ e o banco financiar 90% desse valor, precisará de 20.000€ para cobrir os restantes 10% não financiados pelo banco. Relativamente ao crédito habitação, se conseguir uma TAN de 2,5% e uma maturidade 420 meses (35 anos), fica com uma prestação mensal de 679,24€.
Ao somar essas duas parcelas, o valor total a ser pago mensalmente dos dois créditos é de 984,93€. Se os rendimentos do seu agregado familiar fossem de 2.000€, sua taxa de esforço chegaria a 49%, o que é preocupante, e pode levar à recusa do seu crédito habitação. De fato, se a taxa de esforço ultrapassar os 50%, as instituições financeiras não podem aprovar um novo crédito.
Se não tivesse solicitado um empréstimo pessoal, a taxa de esforço seria de 34%, o que também não é o ideal.
Relembramos que uma taxa de esforço saudável não deverá exceder os 30%.
No entanto, se oferecer boas garantias e o risco de financiamento for baixo, é possível obter a pré-aprovação do seu crédito habitação.
Em suma, ao solicitar um crédito pessoal para complementar o crédito habitação antecipadamente, arrisca o pagamento de um crédito sem qualquer propósito – uma vez que o crédito habitação poderá acabar por ser recusado. Acabará por não conseguir adquirir a habitação tão desejada, e ainda ficará a pagar um empréstimo, com juros muito elevados.
Por fim, se as taxas de juros continuarem a aumentar, como se tem verificado ao longo dos últimos tempos, a sua situação financeira poderá ficar ainda mais comprometida. Por isso, antes de dar esse passo, é fundamental preparar-se com calma para a compra da casa, criando uma poupança significativa.
Crédito Consolidado para melhorar a poupança mensal
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