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- Crédito habitação: Euribor desce a partir de março
- Publicado em: 06/02/2024
- Atualizado em: 05/04/2024
- Redator: Francisca Silva
- Revisor: Pedro Leite
Prestações dos créditos vão reduzir a partir de março
Algumas famílias vão começar a sentir um leve alívio financeiro em breve, pois a partir de março, alguns contratos de crédito habitação verão uma diminuição nas prestações.
Taxas Euribor mostram sinais de alívio
As taxas Euribor irão finalmente descer a partir de março. Embora não seja uma redução significativa, representa um ponto de viragem. Em 2023, as taxas de juro aumentaram consideravelmente, resultando em encargos mais elevados com os empréstimos para habitação.
Prestações de crédito habitação com reduções mínimas
Algumas prestações de crédito habitação revistas recentemente, com efeitos da nova prestação em março, irão sentir a primeira descida desde 2022, altura em que as taxas Euribor estavam em valores negativos.
As descidas nas prestações não são significativas, mas março surge como o primeiro mês de algum alívio para as famílias, após mais de um ano a enfrentarem aumentos constantes nas suas prestações. Tratam-se de reduções de apenas 0,4%, e apenas em algumas situações.
Para compreender melhor o impacto da descida das taxas Euribor, no crédito habitação, analisemos um exemplo:
- Um empréstimo de 150.000€, com um prazo de 25 anos, um spread de 1,2%, vinculado à taxa Euribor à três meses, e com uma nova mensalidade a partir de março, será ajustado para 887,84€, ou seja, menos 3,8€, ou –0,43%, em comparação com o valor atual. Se o mesmo empréstimo estiver associado à taxa Euribor a seis meses, a prestação reduz em 4,4€, equivalente a -0,49%.
Contratos com Euribor a 12 meses poderão ainda sofrer aumentos
Para as famílias com contratos de crédito indexados à Euribor a 12 meses, as notícias não são animadoras. Nestes casos, as próximas revisões continuarão a resultar em aumentos nos encargos, uma vez que esses contratos ainda não refletiram totalmente a subida das taxas de juros ao longo do último ano. Retomando o exemplo mencionado anteriormente:
- Num empréstimo de 150.000€, a 25 anos, com um spread de 1,2%, a prestação a pagar em março terá um aumento de 32,37€, equivalente a 4%, totalizando 869,27€.
Porque é que as mensalidades não vão reduzir em todos os contratos de crédito habitação?
Como sucedeu durante o período de aumento nas prestações, a diminuição também será gradual e ocorrerá no momento da atualização da mensalidade. No entanto, para a prestação diminuir, é necessário que a média atual da Euribor seja inferior à média da última revisão.
Existem contratos com atualização de prestações em janeiro, outros em fevereiro, outros em março, e assim sucessivamente. Portanto, as prestações não diminuem ou aumentam todas simultaneamente, nem na mesma proporção. Vamos aos cálculos.
- Para quem tem contratos indexados à taxa Euribor a 12 meses em janeiro, (com efeito na prestação apenas em março), a Euribor será de 3,609%. Esse valor compara-se com a média mensal de janeiro de 2023, que era de 3,337%. Ou seja, o valor atual da Euribor ainda é superior ao praticado há um ano, resultando num aumento nas prestações desses contratos.
Por outro lado, nos contratos indexados à taxa a seis meses, a média anteriormente aplicada era de 3,94%. O valor de janeiro de 2024 é de 3,892%, indicando a redução desses contratos. O mesmo acontece com a média da Euribor a três meses, que em outubro, último mês de referência para as análises, estava em 3,968%, um valor superior à média atual 3,925%.
Quando vai descer a minha prestação de crédito habitação?
Para determinar quando, e se, sua prestação descerá, tenha em conta o mês em que contratou o crédito à habitação, o mês da revisão da prestação, ou quando costuma ocorrer a alteração da sua prestação.
- Suponha que contratou um crédito em janeiro. Nesse caso, a média da taxa Euribor em vigor, independentemente do prazo, é a de dezembro. E só será aplicada uma nova prestação em fevereiro. Se o contrato estiver vinculado à Euribor a três meses, a prestação permanecerá a mesma em fevereiro, março e abril, e uma nova prestação será cobrada em maio, com base na média da Euribor a três meses de março. E assim por diante.
Se o contrato estiver vinculado à Euribor a seis meses, a prestação será a mesma entre fevereiro e agosto, e em setembro será cobrada uma nova prestação com base na média mensal de julho.
No caso de um contrato vinculado à Euribor a 12 meses, haverá apenas uma alteração por ano. Nesse caso, mudará em fevereiro e permanecerá no mesmo valor até janeiro do ano seguinte. Em fevereiro de 2025, mudará novamente, com base na média de dezembro de 2024.
Se não souber quando contratou o crédito, mas souber quando a sua prestação muda, para descobrir qual mês de referência da Euribor deve ser usado, é necessário retroceder dois meses: se a prestação mudar em abril, a média a ser usada será a de fevereiro. Se mudar em maio, a média será a de março.
Espera-se que os juros desçam mais?
As previsões indicam uma perspetiva de novas reduções nos próximos meses, embora não sejam descidas muito acentuadas. Com base nas negociações das taxas Euribor, espera-se que estas se situem em torno dos 3% no verão, sugerindo que a descida até lá será gradual.
Vale a pena lembrar que as taxas são atualmente negociadas próximo dos 3,9%. Para que a diminuição nas taxas Euribor seja mais expressiva, será necessário que o Banco Central Europeu (BCE) reduza efetivamente as taxas de juro de referência. Sem essa decisão, as taxas Euribor têm pouco espaço para uma descida mais significativa. No momento, a taxa de referência do BCE encontra-se nos 4%, indicando que o mercado, ao posicionar as taxas Euribor abaixo desse nível, já antecipa alguma redução nas taxas de juro. Apesar disso, as previsões económicas sugerem que o BCE poderá efetuar cortes nas taxas de juro durante o verão. No entanto, tudo dependerá da evolução da economia e da inflação.
Taxas mistas serão mais competitivas
Pedir um crédito com uma taxa mista, ou taxa fixa de curto prazo, é uma opção a ter em conta, sobretudo atualmente em que alguns bancos apresentam propostas competitivas, abaixo dos 3%.
A escolha da taxa mista proporciona estabilidade – durante o período da taxa fixa contratada, terá a garantia de que a sua prestação se mantém inalterada. Além disso, com as ofertas atuais, o montante da prestação é inferior ao que seria se o crédito estivesse indexado a uma taxa variável.
Embora já existam taxas abaixo dos 3%, utilizemos um exemplo com uma taxa a dois anos de 3,25%. Um empréstimo de 150.000€ a 25 anos, com uma taxa fixa de dois anos nesse valor, resultará numa prestação de 731€ durante esse período.
Por outro lado, um contrato de crédito habitação com taxa variável a seis meses e um spread de 1% terá uma prestação de 867,47€, com base na média de janeiro. Se a Euribor descer para 3%, a mesma prestação será de 791,76€, representando um aumento de 69,79€ em relação à taxa mista utilizada no exemplo, devido ao spread aplicado.
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