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Trabalhos de verão para jovens: tudo o que precisa de saber

Os trabalhos de verão são, muitas vezes, a porta de entrada no mercado de trabalho para muitos jovens em Portugal. Além da experiência, estes também são uma boa oportunidade para desenvolver competências, ganhar autonomia e começar a construir um percurso profissional.

No entanto, existem regras legais a seguir como a idade mínima, o horário de trabalho, as condições de segurança, bem como as obrigações fiscais e contributivas.

Neste artigo, explicamos-lhe tudo o que precisa de saber.

Sumário

    Qual é a idade mínima para trabalhar no verão em Portugal?

    Qual é, de facto, a idade mínima para trabalhar no verão (e não só) em Portugal?

    De acordo com a legislação portuguesa, é permitido o início da atividade laboral a partir dos 16 anos.

    Desde que o jovem tenha completado a escolaridade obrigatória ou esteja matriculado e a frequentar o ensino secundário. Nestes casos, o contrato de trabalho pode ser feito diretamente com o jovem, exceto se houver oposição dos representantes legais, que por norma são os pais.

    Jovens com idade inferior a 16 anos só podem desempenhar trabalhos leves, mediante autorização escrita dos pais ou tutores. Estas funções não podem comprometer o bem-estar físico, psicológico ou académico do menor, e devem estar relacionadas com atividades culturais, desportivas, artísticas ou promocionais.

    Que regras se aplicam aos trabalhos de verão?

    Mesmo tratando-se de um emprego sazonal ou temporário, os direitos laborais devem ser respeitados. Os principais são:

    • Máxima diária: 8 horas
    • Limite semanal: 40 horas
    • Pausa obrigatória: mínimo de 1 hora após 4 horas consecutivas de trabalho

    Os jovens estão proibidos de desempenhar tarefas perigosas ou que envolvam risco para a sua saúde, nomeadamente a operação de maquinaria pesada ou o manuseamento de substâncias tóxicas. A entidade empregadora é responsável por assegurar as condições adequadas de segurança, higiene e formação.

    Quais os setores com mais oportunidades de trabalho?

    Durante os meses de verão, há necessidade de reforço de pessoal em diversos setores. Os trabalhos de verão mais comuns são:

    • Hotelaria e restauração, como cafés, bares, restaurantes;
    • Comércio e retalho, como lojas, supermercados, centros comerciais;
    • Apoio em eventos e festivais de verão;
    • Campos de férias e ATL com outros jovens;
    • Agricultura e apanha de fruta, mais em zonas rurais.

    Estas funções são, por norma, de curta duração e ajustadas às exigências do período de maior procura, como os meses de julho, agosto e setembro.

    Onde procurar ofertas de trabalho de verão?

    Existem várias formas de procurar vagas de emprego de verão. Deixamos-lhe algumas opções mais comuns:

    • Portais de emprego, como NetEmpregos, Sapo Emprego, Job24, Indeed;
    • Empresas de trabalho temporário;
    • Redes sociais, como LinkedIn e Facebook;
    • Anúncios publicados por Câmaras Municipais e Juntas de Freguesia;
    • Candidatura espontânea a estabelecimentos comerciais e serviços locais.

    O contacto direto com empresas e o aproveitamento de redes de proximidade (família, amigos, professores) continuam a ser formas eficazes de conseguir uma primeira oportunidade de emprego.

    Primeiro ordenado: como gerir?

    Receber o primeiro salário representa um momento importante para qualquer jovem. No entanto, é fundamental promover a literacia financeira desde cedo, incentivando à gestão equilibrada dos rendimentos.

    Algumas boas práticas são:

    • Abrir uma conta bancária jovem (sem comissões, com acesso digital);
    • Dividir o rendimento em três partes: poupança, despesas correntes e lazer;
    • Definir metas financeiras simples e criar o hábito de poupar regularmente.

    A orientação dos pais ou encarregados de educação pode ser determinante nesta fase, promovendo uma atitude responsável e consciente perante o dinheiro e desde o primeiro salário.

    Quais as obrigações fiscais e contributivas?

    Mesmo tratando-se de contratos de curta duração, os trabalhos de verão devem respeitar os deveres legais. A entidade empregadora deve garantir:

    • Formalização do contrato;
    • Registo na Segurança Social;
    • Seguro de acidentes de trabalho;
    • Cumprimento das obrigações fiscais.
    • Caso o rendimento anual do jovem ultrapasse os 8.500 euros (limite de isenção para rendimentos de trabalho dependente), poderá ser necessário apresentar declaração de IRS.

    IRS Jovem: compensa utilizá-lo num emprego de verão?

    O IRS Jovem, atualizado em 2025, permite a isenção parcial de IRS para contribuintes entre os 18 e os 35 anos, durante os primeiros 10 anos de rendimentos. A isenção é escalonada: 100%, 75%, 50% e 25%, até um limite anual de 28.737,50 euros.

    No entanto, para beneficiar deste regime, o jovem não pode ser dependente dos pais. Uma vez que os trabalhos de verão geralmente envolvem rendimentos baixos e esporádicos, a ativação do IRS Jovem pode não ser vantajosa. Pode até antecipar indevidamente o início do benefício, que seria mais útil numa fase de emprego a tempo inteiro com salário estável.

    Os trabalhos de verão são uma ótima oportunidade de desenvolvimento pessoal e profissional para os jovens, desde que realizados em conformidade com a legislação em vigor. A experiência adquirida, aliada à responsabilidade de gerir o próprio rendimento, constitui uma base sólida para um futuro mais autónomo e financeiramente consciente. A escolha entre emprego, voluntariado ou formação depende do contexto e dos objetivos individuais, mas todas as opções contribuem para o crescimento e enriquecimento curricular dos mais jovens.

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