- Publicado em: 10/11/2023
- Atualizado em: 28/11/2023
- Redator: Francisca Silva
- Revisor: Pedro Leite
Saiba como tomar uma decisão informada na hora da assinatura
Embora ambos os papéis desempenhem uma garantia pessoal para a concessão de crédito, é importante notar que existem diferenças entre ser fiador ou ser avalista.
Saiba como tomar uma decisão informada na hora da assinatura
Para o ajudar a tomar uma decisão informada caso alguém lhe peça para atuar numa destas funções, apresentamos neste artigo as principais diferenças entre dois conceitos, e o que deverá ter atenção caso assine um contrato de crédito.
Principais diferenças entre ser fiador e avalista
O que é um fiador?
O fiador é alguém que assume a responsabilidade perante a instituição credora de liquidar a dívida de outra pessoa, caso ela não cumpra com o pagamento devido. Essa responsabilidade poderá incidir sobre o próprio património pessoal, no caso de não existirem outras possibilidades para liquidar o empréstimo.
Ter um fiador num contrato de crédito proporciona à instituição credora uma camada adicional de segurança, assegurando que o contrato será honrado e que os montantes acordados serão pagos.
Em geral, solicita-se um fiador, por exemplo, em contratos de crédito para aquisição de habitação e em contratos de arrendamento. A fiança necessita de um acordo formal, documentado e assinado por todas as partes envolvidas.
Quais as obrigações do fiador?
Abaixo, destacamos as principais obrigações que recaem sobre o fiador:
- Pagar a dívida: a principal obrigação do fiador é assumir a responsabilidade de pagar a dívida caso o devedor principal não o faça ou seja, quando o devedor não cumpre as suas obrigações de pagamento.
- Juros e custos adicionais: o fiador também é geralmente responsável pelo pagamento de juros e outros custos associados à dívida, a menos que o contrato estabeleça o contrário.
- Cooperar com o credor: o fiador deve cooperar com o credor no processo de pagamento da dívida.
- Manter informações atualizadas: o fiador deve garantir que as suas informações de contacto e financeiras estejam atualizadas, para que possa ser contactado facilmente em caso de incumprimento do devedor principal.
- Honrar outros termos do contrato: o fiador deve cumprir quaisquer outros termos ou condições especificados no contrato de fiança.
Lembre-se que, ao assumir o papel de fiador, será legalmente obrigado a cumprir estas obrigações se o devedor principal não pagar a dívida. Portanto, antes de concordar em ser fiador, é fundamental compreender todas as implicações e considerar os riscos envolvidos.
Quais os riscos que o fiador corre?
Na maioria das situações, as pessoas aceitam ser fiadoras dos seus filhos ou familiares próximos, para facilitar a aprovação de um empréstimo ou contrato de arrendamento. No entanto, muitas vezes, não têm conhecimento completo dos riscos associados a essa decisão. Consequentemente, os fiadores enfrentam o risco de terem os seus próprios ativos pessoais confiscados pela instituição credora caso o titular do crédito, ou seja, o devedor, não cumpra com os pagamentos devidos.
Contudo, existe uma maneira de reduzir esse risco: a opção de exclusão prévia – esta alternativa permite que o fiador não seja obrigado a pagar a dívida enquanto o património do devedor não estiver completamente esgotado. Portanto, é essencial prestar atenção a essa possibilidade.
Além disso, é importante entender que, após o contrato assinado para se tornar fiador de outra pessoa, é extremamente difícil renunciar a essa responsabilidade mais tarde. A fiança só é encerrada quando a dívida é completamente liquidada, ou com o consentimento da instituição credora. Sendo assim, salientamos, de novo, que é extremamente importante estar ciente de todos os riscos, e considerar se é seguro para si assumir este compromisso.
Até aqui aprendemos o conceito de fiador, e quais as principais obrigações e os riscos associados a este compromisso. Nesta segunda parte, vamos aprender o significado do conceito de avalista num pedido de crédito.
O que é um avalista?
O avalista é alguém que, tal como um fiador, se compromete a assumir a responsabilidade pelo pagamento de uma dívida caso o titular da mesma não a cumpra, usando, para isso, letras de câmbio ou livranças.
O aval é frequentemente empregado em situações de financiamento de entidades coletivas, como empresas e outras organizações.
O aval pode ser concedido pelo valor total da dívida ou por um montante menor, bastando para isso uma assinatura no verso do documento. A função do avalista é de extrema importância para o crescimento das pequenas e médias empresas, uma vez que se trata, muitas vezes da única opção pela qual conseguem obter financiamento junto das instituições bancárias.
Quais as obrigações de um avalista?
No aval existe responsabilidade solidária, o que significa que o devedor e avalista estão no mesmo patamar de responsabilidade do pagamento da dívida, e que, no caso de incumprimento, qualquer um deles pode ver acionado o seu património.
De resto, as obrigações de um avalista serão as mesmas que as de um fiador, mencionadas acima.
Ser avalista é uma responsabilidade séria e envolve riscos financeiros. Antes de concordar em ser avalista, entenda completamente todas as implicações e procure aconselhamento legal e financeiro, se necessário. Tal como os fiadores, uma vez assumida a obrigação de avalista, é difícil sair dela, e que se o devedor principal não cumprir com os seus pagamentos. O avalista é legalmente obrigado a cobrir as mensalidades.
Quais os riscos que o avalista corre?
Assim como na fiança, se o devedor principal não cumprir com as suas obrigações, os ativos pessoais do avalista podem ser utilizados para liquidar a dívida.
Se o avalista enfrentar dificuldades financeiras, terá a opção de solicitar à instituição credora um procedimento especial para acordar os pagamentos. Isso envolve um plano de pagamento mais acessível, que permite ao avalista liquidar o valor devido de maneira mais conveniente. No entanto, se o avalista se encontrar numa situação em que seja praticamente impossível pagar a dívida, este pode declarar insolvência pessoal com exoneração das dívidas remanescentes. Isso, na prática, equivale a solicitar a eliminação da dívida.
Pediram-me para ser fiador ou avalista num contrato de crédito - o que devo ter em atenção?
Quando lhe pedirem para ser fiador ou avalista num contrato de crédito, é importante ter em atenção:
- As suas obrigações financeiras: como fiador ou avalista, estará a assumir a responsabilidade de pagar a dívida se o devedor principal não o fizer. Isto pode resultar em implicações financeiras significativas.
- Impacto no seu crédito: a sua própria classificação de crédito pode ser afetada se o devedor principal não cumprir as obrigações, tornando mais difícil obter crédito no futuro.
- Exclusão prévia: verifique se é possível incluir uma cláusula de exclusão prévia no contrato, que limita a sua responsabilidade até que os recursos do devedor principal estejam esgotados.
- Dificuldade de renúncia: uma vez que aceite ser fiador ou avalista, pode ser complicado deixar de o ser, a menos que a dívida seja totalmente paga, ou haja acordo com o credor.
- Procure orientação jurídica e financeira: antes de aceitar esta responsabilidade, considere consultar um profissional para compreender totalmente as implicações e riscos associados.
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