- Publicado em: 08/05/2020
- Atualizado em: 20/02/2024
- Redator: Francisca Silva
- Revisor: Pedro Leite
Como está a reagir o mercado financeiro frente ao Covid? Quais são os impactos nos créditos? O que esperar no futuro em termos de créditos?
A concessão de novos créditos está restrita através dos critérios de análise que estão agora mais limitados. Muitos pedidos de crédito que antes do Covid eram facilmente aprovados, neste momento estão a ser recusados. O facto de que por exemplo um trabalhador possa encontrar-se em layoff é motivo de recusa em algumas financeiras.
Com a transição do estado de emergência para o de calamidade, sente-se a economia a re-abrir e a vontade das pessoas voltarem à sua vida pré – Covid, mas a grande dúvida persiste: qual o impacto do Corona Virus nas carteiras das famílias portuguesas?
Será ainda cedo para ter respostas certeiras, mas ajudamo-lo de seguida, identificando alguns sinais que poderão ajudar a entender o que esperar desta crise.
Como está a reagir o mercado de crédito ao Covid?
Se falarmos de forma séria, a verdade é que não há uma perspectiva clara. A recuperação do mercado de crédito, sobretudo à habitação, dependerá como sempre de dois factores:
- A situação de desemprego que faz com que abrande a procura por créditos.
- As expectativas em relação aos preços que fazem abanar a curva da oferta e da procura.
Segundo um inquérito do Banco de Portugal aos bancos a operar no nosso pais, prevê-se até Junho uma forte redução da procura deste tipo de crédito, por parte dos particulares.
Até agora os preços não tiveram grandes oscilações, porém seria de estranhar se não houvesse quebras num futuro próximo. No entanto o universo de empréstimos a clientes é bastante mais abrangente.
E os outros créditos?
Crédito pessoal, automóveis, electrodomésticos, férias e outros?
Face à actual situação Covid-19, o mercado estagnou. As financeiras travaram a concessão de créditos, face ao risco de pagamento por parte dos consumidores que se encontram numa situação de desemprego ou layoff que os obriga apenas a tomar decisões controladas e que por falta de confiança levam a alguma inércia.
Os bancos e financeiras pretendem dar resposta à situação, reduzindo ou suspendendo parte das prestações do crédito ao consumo.
Covid e o regime de moratória: salvar ou adiar um problema?
Para recorrer a uma moratória será necessário:
- O particular encontrar-se em situação de layoff.
- Ocorre assistência a filhos ou netos.
- Isolamento profilático.
- Ter uma situação regularizada junto da Autoridade Tributária e Segurança Social.
- E por fim, não ter incumprimentos bancários.
Existem dois tipos de moratórias, pública e privada:
- Iniciativa pública: crédito habitação.
- Privadas: créditos, pessoal, automóvel, cartão de crédito e outros não abrangidos pela iniciativa pública e que poderão ir até 75.000 euros.
O que muitos acreditam ser uma bóia de salvação a curto prazo, pode vir a representar um “tiro no pé” a médio prazo.
Desde que a notícia saiu em Março e até finais de Abril, foram registadas 135 queixas no Portal da Queixa. Os casos mais significativos prendem-se com pedidos negados, muita burocracia ou ausência de resposta, o que leva alguns consumidores a revoltarem-se contra uma medida que em tudo serviria para apoiar o contribuinte num estado de calamidade que já não é só financeiro mas um problema social.
Dado o disparo de pedidos, há bancos e financeiras, que por falta de meios não verificam os requisitos de acesso a esta medida de protecção, podendo no final prejudicar o requerente criminalmente ou com custos associados ao processo que a ele lhe serão imputados.
O pior está para vir, quando os particulares se aperceberem que a factura será paga depois. As moratórias , são um acto temporário que adia e transfere as responsabilidades para prazos definidos pelos bancos.
Este “balão de oxigénio” ao dispor das famílias acaba no tempo e explode quando no final de Setembro houver juros acumulados que não serão perdoados e terão repercussões nas prestações vindouras ou na extensão do empréstimo.
O que esperar do mercado financeiro a longo prazo?
Quanto mais forte for o impacto da crise financeira, mais apertados serão os critérios de concessão de crédito cujo montante concedido será mais baixo. Como se prevê uma importante taxa de incumprimento, muitas financeiras estão neste momento a recrutar mais recursos humanos para os departamentos de cobranças para dar resposta ao aumento do incumprimento nos créditos. Para evitar fazer parte das estatísticas de incumprimento poderá reestruturar os seus empréstimos ao invés de recorrer ao regime de moratória.
Tenho dívidas. Como me devo precaver?
Haverá certamente uma redução de rendimentos derivado ao Covid-19. Como medida profilática deverá reduzir o esforço mensal financeiro através da consolidação de créditos num só , não tendo que adiar o pagamento dos mesmos e comprometer o seu futuro financeiro.
Precisa de orientações quanto aos créditos que tem a decorrer?
Fale com a nossa equipa de especialistas em créditos. Estamos prontos a ajudar e terá uma resposta até 24 horas depois do pedido de análise de créditos.
COVID -19 ACTUALIZAÇÕES: Acompanhe aqui as medidas adoptadas pelos bancos em relação aos créditos, moratórias e outros temas de interesse financeiro.
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