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Reformados com taxa de esforço média de quase 60%
As famílias com reforma em Portugal enfrentam uma taxa de esforço média de quase 60 % em prestações, segundo a DECO.
- Publicado em: 12/11/2025
- Atualizado em: 12/11/2025
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As famílias “reformadas” em Portugal têm em média quatro créditos ativos e uma prestação mensal média de cerca de 680€, embora o rendimento líquido médio seja apenas 1 150€, o que se traduz numa taxa de esforço próxima dos 60%.
A DECO alerta que esta situação torna os agregados altamente vulneráveis, tendo em conta que a taxa de substituição das pensões poderá cair para 38,5% do último vencimento até 2050, numa estimativa da Comissão Europeia.
Contexto e causas
- A esperança média de vida continua a aumentar, ao mesmo tempo que o valor das pensões enfrenta pressões de queda.
- A DECO defende que “poupar para a reforma deve ser encarado como um objetivo ao longo de toda a vida ativa”.
- A ausência de poupança complementar em muitos portugueses e a falta de literacia financeira agravam o problema.
Consequências práticas
Para estes agregados, ter um peso elevado de crédito significa menor margem para imprevistos, maior risco de deterioração das finanças pessoais e limitação da capacidade de reagir a choques, como desemprego dos filhos, doença ou aumento das taxas de juro.
Para quem se aproxima da reforma ou já se encontra nessa fase, é recomendável rever os créditos ativos, considerar consolidação ou amortização antecipada, e explorar simuladores de prestação e de pensão para garantir que o nível de vida futuro seja compatível com as suas expectativas.